sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2009 - 8º ANO


Em 2009, as homenagens foram prestadas ao Coral Edgard Moraes (ver Blog Oficial do Coral aqui) pelos seus 20 anos de brilhante atuação na poesia carnavalesca pernambucana. Também foi composta uma música especialmente para o evento com o título Poema ao Coral Edgard Moraes, de autoria de João Araújo. As atuações das vozes do Coral Edgard Moraes pelos palcos da cidade fazem pensar na força e delicadeza, na garra e suavidade, na meiguice das pétalas de uma flor e na dureza da superfície de um arrecife, enfim, qualidades estas antagônicas mas que se mostram complementares no povo nordestino

Poema ao Coral Edgard Moraes
João Araújo

São as vozes da Aurora e do entardecer
São as vozes que agora me fazem sonhar
Elas são o canto das aves que estão por nascer
Meu verso ansioso em poder voar

São a alegria do peito a se desprender
São melodias incríveis do sangue a jorrar
Elas são a flor... o arrecife brincando de ser
Sinfonias de frevo, meu bloco a desfilar

Esse espanto de amor
Esse encanto feroz
Essa chama atroz
Que arrepia ao cantar

Nosso canto de luz
Nosso pranto na voz
Força que em todos nós
Se traduz em luar




Naquele ano, o tema escolhido para o desfile carnavalesco do grupo foi buscar o seu elã na Sétima Arte. Assim, o artista plástico Francisco Câmara desenvolveu os adereços e fantasias da agremiação inspirado no tema Fascinação e Glamour da Sétima Arte.






Uma segunda composição foi elaborada por João Araújo e Dalva Torres, de forma a trazer à tona, desta vez, a memória do cinema nacional através de nomes como os de Oscarito, Grande Otelo e Carmem Miranda que tanto sucesso fizeram entre os brasileiros sob a marca, por exemplo, de mundos imaginários como o da Atlântida.

Raízes do Cinema Nacional 
João Araújo & Dalva Torres 

Queria ser Oscarito, 
Carmem Miranda com seus balangandãs, 
Lá na Atlântida um mundo mais bonito 
Crescia rico como o brilho das manhãs 

Depois, na tela, Grande Otelo, 
Macunaíma preguiçoso trapalhão, 
Fez da risada o seu castelo 
Pra nossa eterna diversão 

Vou de Teatro de Revista, 
Vedete, Chanchada e Musical, 
Quem não tem sonho, então assista 
(O nosso Cinema Nacional) 
(O filme do nosso Carnaval)

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