Poema ao
Coral Edgard Moraes
João Araújo
São as vozes da Aurora e do entardecer
São as vozes que agora me fazem sonhar
Elas são o canto das aves que estão por nascer
Meu verso ansioso em poder voar
São a alegria do peito a se desprender
São melodias incríveis do sangue a jorrar
Elas são a flor... o arrecife brincando de ser
Sinfonias de frevo, meu bloco a desfilar
Esse espanto de amor
Esse encanto feroz
Essa chama atroz
Que arrepia ao cantar
Nosso canto de luz
Nosso pranto na voz
Força que em todos nós
Se traduz em luar
Se traduz em luar
Naquele ano, o tema escolhido para o desfile carnavalesco do grupo foi buscar o seu elã na Sétima Arte. Assim, o artista plástico Francisco Câmara desenvolveu os adereços e fantasias da agremiação inspirado no tema Fascinação e Glamour da Sétima Arte.
Uma segunda composição foi elaborada por João Araújo e Dalva Torres, de forma a trazer à tona, desta vez, a memória do cinema nacional através de nomes como os de Oscarito, Grande Otelo e Carmem Miranda que tanto sucesso fizeram entre os brasileiros sob a marca, por exemplo, de mundos imaginários como o da Atlântida.
Raízes do Cinema Nacional
João Araújo & Dalva Torres
Queria ser Oscarito,
Carmem Miranda com seus balangandãs,
Lá na Atlântida um mundo mais bonito
Crescia rico como o brilho das manhãs
Depois, na tela, Grande Otelo,
Macunaíma preguiçoso trapalhão,
Fez da risada o seu castelo
Pra nossa eterna diversão
Vou de Teatro de Revista,
Vedete, Chanchada e Musical,
Quem não tem sonho, então assista
(O nosso Cinema Nacional)
(O filme do nosso Carnaval)
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